Nascidas no Líbano, as irmãs Maha, de 30 anos, e Souad Mamo, de 32, nunca tiveram a nacionalidade reconhecida por nenhum país. A cerimônia foi organizada na Suíça pois Maha estava no local para palestrar sobre a condição de apatridia – as irmãs são de família síria, mas, por questões legais e religiosas, não tiveram direito à cidadania local (entenda abaixo).
Por causa da condição, as ex-refugiadas não tinham documentos de identificação no país de origem e, por isso, não podiam ter acesso a serviços básicos – como escola e saúde – em nenhum lugar do mundo. Sem pátria, a família Mamo pediu refúgio ao Brasil em 2014.
A entrega da cidadania brasileira às duas mulheres, até então apátridas, foi considerada pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, "um momento histórico".